quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os excluídos do Rock in Rio em exposição no CCJF



No período em que se realiza o grande festival, centro cultural sedia evento Rock (independente) no Rio, com show, debate e exposição.

O que chamamos hoje de indie ou alternativo começou no Brasil no início dos anos 1990 com o surgimento da tal cena independente. No ano em que a MTV se instalou no Brasil (1990) e o presidente Collor abriu o mercado para a entrada do instrumento e do equipamento de som importado, uma movimentação tomou conta de jovens por todo o Brasil. A transição da música independente nos últimos 20 anos está registrada no livro Niterói Rock Underground (1990-2010), do jornalista, publicitário e quadrinista Pedro de Luna, que foi lançado em junho deste ano de forma independente.

Rica em imagens e informações preciosas, a obra documenta uma revolução que aconteceu no campo sociológico, político, estético, econômico e tecnológico. Da fita cassete, LP, VHS, fotocópia, fotografia em papel e o fax para o MP3 e o telefone celular, foi um longo caminho. E no meio dele não tinha uma pedra, e sim o fax, a popularização do computador pessoal com impressora, o CD, o DVD e o vídeo laser.

Fruto de um trabalho que começou em 2007, Niterói Rock Underground (1990-2010) é o ponto de partida para o evento Rock (independente) no Rio, que se propõe a jogar luzes em quem está no underground, fazendo um contraponto com o Rock in Rio, que é um evento mainstream, um grande festival comercial, bem longe das produções realizadas semanalmente no Estado do Rio e, claro, no resto do país.

O evento começa no dia 27 de setembro, com show, debate e exposição. Não à toa, quatro dias depois da primeira noite do Rock in Rio. Às 16h30 o público poderá conferir gratuitamente um debate sobre a cena atual e as perspectivas para os próximos anos. Em seguida, às 19h, será aberta uma exposição com dezenas de imagens raras: capas de fitas demo em k7, fotografias, cartazes, flyers, fanzines e credenciais de festivais independentes. Haverá venda e sessão de autógrafos do livro com a presença do Pedro de Luna (www.niteroirockunderground.blogspot.com). A exposição é gratuita e será acompanhada de coquetel. Encerrando, às 20h, a banda Canastra fará um show no teatro, dando um toque final neste dia pra lá de rock and roll.

Serviço:
Rock (Independente) no Rio
27 de setembro, das 16h30 às 21h
Centro Cultural Justiça Federal - Av. Rio Branco, 241 - Centro - Rio de Janeiro
Informações: 3261-2550 ou www.ccjf.trf2.gov.br

DEBATE
16h30-18h30 – Rock (independente) no Rio: cenário atual e perspectivas com a produtora Lu Sales (ColetivaMente), a pesquisadora Paula Martini (FGV/Estrombo) e o músico Pedro Torres (Áudio Rebel), com mediação do jornalista e gestor cultural Pedro de Luna (Arariboia Rock).

Local: Teatro do CCJF (146 lugares)
Entrada franca
Censura livre

LU SALES
Produtora executiva, idealizadora e produtora do evento Pró Rock Autoral, dedicado à valorização dos artistas independentes junto ao público. Este projeto conta com 7 edições realizadas entre 2009 e 2011. Atualmente é produtora executiva da banda Lado 2 e Coordenadora do Núcleo de Negócios do ColetivaMente, uma iniciativa independente de produção cultural que surgiu a partir da vontade de pessoas interessadas em praticar ações que agregassem princípios de colaboração, autogestão, autonomia e interdependência na produção cultural musical no Rio de Janeiro.

PAULA MARTINI
Pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da FGV-RJ, onde coordena o projeto Estrombo - Novos Modelos de Negócio e Canais de Distribuição para a Indústria da Música (FGV, SEBRAE, BID e Facebook) e colabora com os projetos Creative Commons e Cultura Livre. Sócia-diretora da Martinica Digital, empresa de comunicação digital que desenvolve estratégias nas áreas de cultura e responsabilidade social, focada em novos modelos de negócio e mobilização.

PEDRO TORRES
Pedro tem 29 anos e é formado em Comunicação Social pela PUC-RJ. Foi guitarrista da banda Riveraid e é um dos sócios diretores do Áudio Rebel, um misto de estúdio, loja, hostel e casa de shows, no bairro de Botafogo. Criada há seis anos, a Áudio Rebel já sediou mais de 500 shows, de bandas de quase 20 países diferentes e de mais de 15 estados brasileiros, se tornando o principal pólo de música independente da zona sul.

MEDIADOR
PEDRO DE LUNA
Publicitário, jornalista, gestor cultural e quadrinista. Formado em Comunicação Social pela UFF com MBA em Gestão Cultural (UCAM). É o criador e coordenador geral do coletivo Arariboia Rock, que representa mais de 200 bandas autorais em Niterói, São Gonçalo e arredores. Trabalha para diversos veículos de imprensa como Jornal do Brasil, MTV, Jornal do Rock e International Magazine, além de ter produzido centenas de shows de bandas independentes desde 1996.


EXPOSIÇÃO
19h – Rock (independente) no Rio: 20 anos de resistência cultural com coquetel e venda do livro Niterói Rock Underground (1990-2010) com autógrafos, no térreo.

Local: Cela do CCJF
Período: 27/09 a 13/11
Aberto de terça a domingo, das 12h às 19h
Entrada franca
Censura: 12 anos
Curadoria: Pedro de Luna

SHOW
20h-21h – Banda Canastra
Local: Teatro do CCJF (146 lugares)
Entrada: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Censura: livre
Produção: Pedro de Luna

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nila Branco encerra turnê de ‘Confidência’ no Rio de Janeiro


Depois de rodar o país, a cantora e compositora Nila Branco encerra a turnê do CD e DVD, Confidência, gravado ao vivo em Goiânia. O show de encerramento do trabalho vai acontecer ou acontece no dia 15 de setembro, dentro do projeto ‘Nova Cena Musical’, no Teatro Municipal Café Pequeno.

Confira a entrevista exclusiva com a cantora para o blog do NaVeia!

NaVeia - Para quem ainda não conhece o seu trabalho. Quem é Nila Branco? Se apresente aos leitores do blog do NaVeia.

Nila Branco - Sou minerogoiana, cantora de MPB com influências de rock, blues, jazz e soul music. Nos meus trabalhos procuro manter sempre ativa a minha honestidade musical. O meu propósito maior é sempre me divertir com o público! Sou uma compositora que adora interpretar e dar a minha cara para as canções de outros compositores.

NV - Confidência é o seu sexto trabalho. Como foi a produção deste disco? Gravar um DVD ficou mais fácil hoje em dia?

Nila Branco - O Confidência é meu segundo DVD, o primeiro, gravei em São Paulo, em 2006 e foi uma grande experiência que minimizou bastante os problemas de captação de áudio e de vídeo. Gravar um DVD é muito intenso e muito tenso, pois são meses de trabalho para escolher equipe, cenário, repertório pra tudo se resumir em um ou dois shows quando é feito o registro em vídeo mas é muito bacana! Vale a pena.

NV - Seu trabalho teve o patrocínio da Secretaria de Cultura de Goiânia. Você acredita que incentivos do governo, ou até mesmo de empresas privadas, são importantes para a realização de um trabalho independente?

Nila Branco - São sim, principalmente porque o governo não fez sua parte no combate à pirataria, o que destruiu a indústria fonográfica que bem ou mal, era um mecanismo que funcionava. Muitas as portas para muitos artistas com ou sem experiência. Acho legítimo utilizar as leis de incentivo, apesar identificar falhas na seleção dos projetos.

NV - Neste disco, você gravou uma musica do Zeca Baleiro, “Farsa”, e também uma versão do sucesso de Michael Jackson (“Ficar com você”, versão de Nelson Motta para I wanna be where you are). Ter compositores de alto nível no disco é uma responsabilidade a mais? É uma maneira de chamar atenção da imprensa especializada?

Nila Branco - Eu acho que a escolha do repertório é uma das etapas mais interessantes e divertidas de um disco novo. E é também da maior responsabilidade, principalmente por este meu lado de intérprete, que de uma certa forma, me faz apossar do sentimento do outro e tornar as palavras alheias como se fossem minhas. Acho isto sagrado! Não importa o compositor, eu vou defender aquela música como se estivesse num Festival da Canção! Rsrsrsrsrsrr

NV - No próximo dia 15 de setembro, você encerra a turnê deste disco aqui no Rio. Porque escolheu a Cidade Maravilhosa?

Nila Branco - Havia algum tempo que não me apresentava no Rio, então pensei que poderia ser ótimo encerrar esta turnê nesta cidade tão linda e tão querida! Assim, me energizo bastante e organizo as idéias pro próximo disco que ainda está embrionário. Acho que o Rio Pode me trazer boas inspirações!

NV - Falando em turnê, neste período de viagens, aconteceu algo que lhe marcou? Ou algo engraçado?

Nila Branco - Coisas engraçadas sempre acontecem mas esta história é bem triste e me marcou bastante. Fui fazer um show em Recife no ano passado e após o término do mesmo, já no camarim, tinha uma senhora na fila pra falar comigo. Quando chegou sua vez, ela me disse que havia ido ao show pra me conhecer e porque a filha dela que era fã do meu trabalho, havia comprado o convite e tinha falecido naquela semana. Eu fiquei chocada e triste, sem saber o que dizer.

NV - Confidência tem pitadas rock, pop e MPB. É importante a mistura dos estilos?

Nila Branco - Para mim é natural misturar estes estilos, condensar nos meus discos tudo o que gosto de ouvir (e gosto de ouvir muitas coisas!). É uma coisa inerente ao meu trabalho!

NV - Você acredita que música deve ter rótulo? Ou música é algo totalmente livre, que não tem limite...

Nila Branco - Acho que a música tem que ser coerente, ter personalidade, mas acima de tudo, tem que ser livre como são os artistas. Estas classificações são adaptações e imposições do mercado da música, pra facilitar a venda. Com o fim das gravadoras, a tendência é que isto acabe ou que surjam outras classificações, afinal, o mundo sempre precisa delas!

NV - Em outubro, você entra em estúdio para preparar um novo disco. O que está preparando pra este trabalho?

Nila Branco - Estou naquela fase de pesquisa de repertório, ouvindo muitas músicas, compondo bastante. Ainda não dá pra adiantar nada, porque não tenho nada pronto.

NV - Para terminar, quais são suas confidências?

Nila Branco - As minhas confidências estão ali nas entrelinhas de cada verso, de cada canção!


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Badhoneys - a banda dos crânios de ferro



E ai seus lindo!!! Curtindo o seu dia da Independência? Aqui no blog do NaVeia não existe feriado, porque música boa tem que curtir toda hora! E hoje, o bate papo é com Giana Gognato e Rodrigo Souto da banda Badhoneys. Pra mim, uma das melhores bandas do rock gaúcho! E aliás, banda esta que deveria trocar o nome para CDF. Ouçam e vocês vão descobrir porque!

Ahhh... Só para deleite de geral, vai rolar uma super promo aqui no blog do NaVeia, valendo CDs, camisetas e botons! AGUARDEM! #garanto

SIGA E CONSUMA
@badhoneys

ENJOY!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ao samba, o meu sim!


Tenho que confessar a vocês, semana passada o blog ficou em baixa, mas tive meus motivos por conta de um freela que peguei. Trabalho este que me fez conhecer um grande artista. Acredito que muitos aqui o conhecem como o pai do Diogo Nogueira. João Nogueira foi o cara! De tantas historias que ouvi, ele sempre estava cercado de feras, sambistas ilustres como Monarco, Donga, Cartola, e por vai. João Nogueira até arrumou encrenca com o Erasmo Carlos, mas isso eu não vou contar, pois será lançado um livro que vai narrar toda a trajetória deste grande sambista. 

O motivo deste post é o SIM! Sim ao samba! O samba de Madame Satãn, da minha querida Velha Guarda da Portela, de João Nogueira, de Cartola, de Candeia, de Manacéia e de uma lista enorme de grandes compositores. Aquele samba que foi rejeitado pela bossa nova. Grande coisa a bossa nova! Pra que se fez musica pra um grupinho de gente que se trancava em apartamentos no Leblon? Aff... Gente esta que observa o mar e olha uma garota de Ipanema, e depois diz que fez um movimento, que inventou um novo estilo de cantar. Pra quê? Eu pergunto. 

Gente que não podia ouvir falar em samba, que dizia que samba era coisa de crioulo doido do morro. Mal sabiam eles o que estavam perdendo. Mas o samba revigora, o samba não morre. Na minha veia corre samba sim! Não precisa sambar como uma passista para se gostar de samba. Gostar de samba é muito mais que isso! É chorar com lindos versos de autores que muitas vezes são analfabetos, mas que são expert na universidade da vida! Prova disso tudo: a bossa nova passou, teve sua áurea, mas o samba continua lindo na avenida! Pro samba eu digo SIM! Sempre!

Para conhecer mais, assista ao documentário “O Mistério do Samba”.
#recomendo

Ouça – Marisa Monte, Monarco e Velha Guarda da Portela – musica Volta.



Pare do torcer o seu nariz!



Musica é musica e ponto final! Quando me perguntam: você então é roqueira? Sempre respondo que ouço musica boa, pois muitas vezes o estigma de roqueiro está relacionado a "doidão", e como não gosto de rótulos, prefiro responder assim, porém de forma delicada.

Para isso, é preciso ter ouvidos abertos para conhecer novos estilos. Conheço gente que torce o nariz pro samba, que não pode ouvir falar do tecnobrega, pop rock cristão, então, nem chega perto. Uma pena pois desbravar novos sons é muito bom! Conheci a Banda O Reino por acaso na internet. Olho tudo, todos os links, fotos, ouço musica boa por ai, mas escuto muita coisa ruim também, mas este não é o caso da Reino.

Aprendi a gostar do pop rock cristão depois que conheci uma menina que trabalhou comigo, até porque ela tem uma banda neste estilo. E pop rock cristão não fala somente de Deus, mas sim de amor, paz, jardins de cores lindas, estrelas, saudades e muito mais! Precisamos parar de torcer o nariz!

Não tenha medo! Basta ouvir e sentir a musica!

Banda O Reino
SIGA @bandaoreino

#recomendo

Ouça - Jardins de Cores Lindas


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

The Name - Can't Take No More




Assista o clipe na íntegra! Só aqui no blog do NaVeia!!


SIGA:
@thenamemusic


#recomendo

Dica de hoje: Mariane Guerra

Foto: Vinicius Lima - www.vinlima.com.br


Por Julianne Gouveia


Garra e talento definem a cantora carioca Mariane Guerra. Na longa estrada que transformou a vocação de infância em profissionalização, ela tem a versatilidade como inspiração: canta, toca e compõe. Dona de uma voz que transita entre a força e a suavidade sem perder o feeling, Mariane é a prova concreta de que ainda existe qualidade e trabalho duro na música brasileira contemporânea.

Essa grande apaixonada por música passou pela escola Villa-Lobos – onde aprendeu a tocar piano, percussão e seu inseparável violão – e por algumas bandas fundamentais para a sua formação, como Alternatilha e Ilhados. O som da voz da Ilha do Governador é resultado dessa mistureba que, com influências de pop rock internacional e da MPB de Caetano Velloso a Silvia Machete, une uma doçura de menina a uma vitalidade rock ‘n roll surpreendente.

As performances de Mariane Guerra e sua banda Os Pacifistas, repletas de releituras e sucessos autorais, empolgam e garantem mais e mais shows por renomadas casas da noite carioca, como as boates Melt, La Playa e Lapa 40 Graus. No passado, seu carisma levou a cantora também a ser uma das atrações do projeto “Vozes da Ilha” e a abrir o show do cantor Geraldo Azevedo no evento “Carna Fundão” (UFRJ) – afinal, cantar e tocar ao vivo é uma das coisas que ela sabe fazer melhor.

Cercada por grandes amigos, Mari também realizou trabalhos em conjunto ao longo dos anos com artistas parceiros, como as bandas Destemido Walace e Santafé. Essa grande família musical garantiu a participação de Lanka, cantor brasileiro radicado em Madrid que está fazendo barulho na cena independente espanhola, nas gravações do EP que ela lança até o fim do ano. Entre os shows para uma plateia internacional no elegante Demoiselle – restaurante situado no Aeroporto Tom Jobim onde recebe convidados semanalmente – e as aulas do curso de Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mariane gravou seu EP, ainda sem título, nos estúdios da Play Rec Som e Video, contando com a produção dos parceiros – e mestres da cantora – Julinho Teixeira e Junior Mendes.

É assim que a cantora e violonista vai conquistando admiradores por onde passa, também chamando a atenção da mídia. No último ano, Mariane Guerra foi tema do documentário “Sou Guerra, Mas de Paz”, realizado por alunos de Comunicação da FACHA (Faculdades Integradas Helio Alonso), de matérias dos jornais O Globo e Extra e em programas de rádio e TV na Web, como o “Perdidos na Net”, apresentado por Bianca Aguiar. E é por paixão e humildade que você ainda vai ouvir falar muito dessa menina.

#recomendo

Na web:
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