Modernidade. Caos. Sarcasmo. Romantismo. Essas palavras resumiriam bem o rock destes quatro mancebos? Mais que isso, a Stereomob consegue soar moderna, mas sem maravilhosas pretensões inovadoras e revolucionárias. Caótica, porém concisa; sarcástica, sem ser irritante o tempo inteiro; e romântica, fugindo de qualquer pieguismo digno de Sessão da Tarde.
As canções destes cariocas remetem a qualquer pista de dança abarrotada de desconhecidos em uma sexta-feira ordinária. Bateria dançante, baixo bem marcado no melhor estilo 70’s e riffs grudando nos ouvidos formam uma boa receita pra sonoridade Disco-Punk da banda. A Stereomob encontra uma importante linha tênue entre o que te faz mexer os sapatos e ao mesmo tempo balançar a cabeça, inserindo uma dose mais que generosa de Rock’n’roll em suas composições. Referências a Franz Ferdinand, Arctic Monkeys, Kasabian e Bloc Party são presentes, servindo de pano de fundo para timbres, harmonias e levadas, numa mescla de refrões intensos e urgentes com versos bem cadenciados e pulsantes.
Em tons coloridos e irônicos a Stereomob mostra o seu rock desconcertante, marginal e requintado, um misto de paradoxos e ambigüidades tão comuns ao mundo moderno. Música pra se ouvir batendo os pés. Não é de se surpreender que o rock sempre fale das mesmas coisas, dos mesmos casos e anseios. O rock é jovem, ele precisa disso, e ele precisa de cores e diversões que se perderam por aí... até agora.
Apesar do pouco tempo de vida a banda se prepara para lançar seu EP de estréia, juntamente com o primeiro single logo no início do ano. O ímpeto jovial aliado a combustão criativa da Stereomob já nos dá boas pistas do que podemos esperar do mais novo rebento roqueiro das pistas de dança.
Por Ricardo Gameiro
Na web:
http://www.myspace.com/stereomobmusic
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