sábado, 16 de abril de 2011

AURÉLIO E SEUS COMETAS

Aurélio e Seus Cometas era o nome de um banda fictícia criada pelo guitarrista/vocalista Emir Ruivo em uma canção de um dos grupos em que tocou no passado, antes de formar o trio que acaba de lançar seu segundo álbum Clube dos Descontentes. Era algo inspirado em “Ziggy Stardust”, de David Bowie, e “Bennie and the Jets”, de Elton John e era algo que soava bem e tinha a ver com o tema tolo criado um grupinho de meninos com dezesseis anos de idade.


Mas a brincadeira virou uma empreitada séria, que determinou não apenas a criação de um trio com este nome, mas também resultou, de forma madura, em Clube dos Descontentes (2010), o segundo disco da banda – o primeiro é A Incrível História de Aurélio e Seus Cometas – parte 1 – A Ascensão, lançado em 2006.


Clube dos Descontentes começou a surgir quando o diretor artístico da gravadora, Wilson Souto Jr., sugeriu que a banda gravasse um novo disco que pudesse arregimentar uma fiel base de fãs, algo mais importante do que nunca em tempos de internet. Ao todo, foram gravadas 25 composições, sendo então escolhidas as onze “mais fortes”, de acordo com Emir e Wilson.


Pode parecer clichê, mas Emir leva a música muito a sério, como expressão de arte. Até mais do que deveria. “Quero que o cenário se dane. Desconfio de toda regra e, principalmente, quando vejo uma turma grande fazendo coisas excessivamente semelhantes. Isso é insegurança. Para mim, quem é seguro faz o que quer, não se esconde por trás de estereótipos e padrões. Se eu não expressar aquilo que sinto, estou morto como artista. E não me interessa o que os outros estão falando. Quero falar das minhas coisas, dos meus shows, dos meus camarins, das garotas que comi e daquelas com quem brochei, das noites em que me dei bem e daquelas em que chorei. E um ‘movimento’ padroniza muito a forma de pensar e se expressar artisticamente”.


Pedro – que adora álbuns como The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars (David Bowie), Tommy (The Who), Sgt Pepper Lonely Hearts Club Band (Beatles), Elephunk (Black Eyes Peas) e At Folsom Prison (Johnny Cash) - revela uma intenção. “Poderíamos adaptar a música ao estilo das que estão fazendo sucesso hoje, mas todo o tesão de tocarmos juntos iria embora. A escolha desse som nos dá um feedback positivo quanto ao feeling, além de reafirmar o rock' n' roll como o alicerce musical que nos une”.


Já Mogli cresceu musicalmente dentro da família de Emir e Pedro, pois todos são amigos de infância. “Aprendi a tocar bateria no estúdio que havia em um sítio da família deles. O pai do Emir me fazia participar das jam sessions e me obrigava a improvisar na marra. Sou muito grato a ele por isso. Como admiro muito o Emir, no começo de 2006 aceitei o convite para entrar no grupo sem pensar duas vezes”. . Embora não tenha uma referência em especial para a consolidação de seu estilo como instrumentista, Mogli – grande admirados de discos como Abbey Road (Beatles), The Boy With No Name (Travis), Uprising (Bob Marley), Brainwashed (George Harrison) e Ventura (Los Hermanos) - diz que Ringo Starr foi um modelo para a composição das levadas de bateria para o disco. “Ele sempre colocou toques simples e diferentes que se tornaram determinantes para as músicas. Foi nisso em que me espelhei.

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