Fonte: Blog Maloka Groove - http://malokagroove.blogspot.com/
Retomando as atividades da nossa sessão de entrevistas, tive a honra de bater um breve papo com Romulo Fróes, cantor e compositor Paulista, que estará se apresentando no festival No Ar Coquetel Molotov 2011, ele falou do seu novo disco, influências musicais e da ansiedade do seu show em Recife.
M.G. - Quando você começou a compor? E de onde vem sua relação com música?
R.F. - Aos 18 anos, quando comecei a ter aulas de violão. Na primeira aula, depois de ter aprendido o primeiro acorde, já compus uma canção. Ao mesmo tempo em que descobri essa imensa facilidade de compor que me acompanha até hoje, foi o que me impediu de me tornar um bom instrumentista, porque ao invés de praticar o instrumento, estudar música eu tava a fim era de fazer canção.
M.G. - Fale um pouco do seu novo disco “Um Labirinto Em Cada Pé”.
R.F. - Penso que meus três primeiros discos serviram pra me colocar no caminho que sigo agora. Neles experimentei muitas das minhas idéias em relação ao que é compor e meus pensamentos sobre a canção brasileira. Acho que “Um Labirinto Em Cada Pé” determina uma personalidade mais forte ao meu trabalho, uma voz mais original, que vai se desenvolver a partir de agora.
M.G. - Como foi o processo de composição do “Labirinto Em Cada Pé”?
R.F. - Acho que foi menos assombrado do que foi o “No Chão Sem o Chão”, acho que me libertei ali, deixei claro que posso compor música brasileira de muitas formas, não só sambas, mas inclusive sambas, sem que tenham que me chamar de sambista. Eu sou um compositor de música popular brasileira e isso quer dizer muitas coisas diferentes.
M.G. - A Música Popular Brasileira hoje está sendo dominada por uma nova geração de compositores, você tem algum em especial?
R.F. - Citar nomes é muito difícil, sempre nos esquecemos de alguém, ainda mais numa geração como esta que considero uma das melhores da música brasileira. Mas correndo o risco, lá vai: Guilherme Held, Rodrigo Campos, Kiko Dinucci, meus parceiros mais constantes Clima e Nuno Ramos, Domenico Lancellotti, Nina Becker, Moreno Veloso, Siba, Fernando Catatau, Karina Buhr, Lucas Santtana e um monte de gente que não vou lembrar agora.
M.G. - O que você tem escutado ultimamente?
R.F. - Os recém lançamentos dos amigos, por quem tenho imensa admiração: Metá Metá, grupo de Kiko Dinucci, Juçara Marçal e Thiago França, Domenico Lancellotti com seu Cine Privê e o novo disco do Kassin, Sonhando Devagar.
M.G. - Quais as sua influências musicais?
R.F. - Minhas influências vêm de todas as épocas da música brasileira. De Noel Rosa, Assis Valente e Lupicínio Rodrigues a Luís Melodia, Milton Nascimento e Caetano Veloso, passando por Tom Jobim, João Gilberto, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Jards Macalé e minha maior influência, meu grande ídolo Nelson Cavaquinho.
M.G. - Com sua presença confirmada no festival No Ar Coquetel Molotov 2011, quais as suas expectativas para esse show?
R.F. - Tocar em Recife com minha banda completa é um sonho antigo que estou realizando e um privilégio que só poderia ter se realizado através do Coquetel Molotov, que é para mim o melhor festival do país. Espero retribuir a altura o carinho que muita gente daí tem com minha música.
M.G. - Quais os seus projetos futuros?
R.F. - O que está mais adiantado, com previsão de disco para esse ano ainda é o Passo Torto, projeto que divido com Rodrigo Campos e Kiko Dinucci, composto só de parcerias inéditas da gente e onde só nós tocamos e cantamos além da participação especial de Marcelo Cabral no baixo acústico.
Agradecimentos finais:
Quero dizer que estou me preparando par fazer o show da minha vida no Coquetel Molotov e adoraria que todos estivessem lá para dividir este momento comigo.
Consuma:
Visitem:
Nenhum comentário:
Postar um comentário